Inteligência emocional. Figurando sempre entre as características mais admiradas em grandes líderes, ela nem sempre é encontrada entre os membros da equipe. E, se você é líder de um time ou almeja se tornar um, sabe que a sincronia entre os colaboradores faz toda a diferença ― não apenas nos resultados tangíveis, mas também no clima organizacional liderados.
Neste artigo, vamos falar mais sobre como o líder pode ajudar a equipe a trabalhar melhor a inteligência emocional através das suas próprias atitudes. Afinal, para que o time evolua nesse sentido, é fundamental que o líder seja o primeiro a apresentar o equilíbrio necessário para se tornar uma figura que inspira e engaja. Continue a leitura e entenda melhor como conseguir isso!
O que é inteligência emocional
Ela foi definida na década de 90 pelos psicólogos Peter Salovey e John D. Mayer como “a capacidade do indivíduo monitorar os sentimentos e as emoções dos outros e os seus, de discriminá-los e de utilizar essa informação para guiar o próprio pensamento e as ações”.
Ou seja, inteligência emocional nada mais é que saber compreender as emoções, geri-las e lidar com elas em busca de um resultado. Mas, não só isso: também diz respeito à capacidade de observar e entender aqueles que estão ao nosso redor.
Em uma comparação simples, a “inteligência tradicional” mostra nossa capacidade de resolver problemas lógicos e racionais, enquanto a inteligência emocional diz respeito ao entendimento e controle das emoções, tanto próprias quanto alheias.
Por que ela é tão importante no ambiente de trabalho?
Há muito já se sabe que a separação “vida pessoal x trabalho” é tênue e, em muitas situações, pode até mesmo não existir. Afinal, passamos uma média de 8h por dia no ambiente de trabalho. E, se você já trabalhou em algum lugar onde o descontrole emocional imperava, sabe como essas horas podem ser difíceis de suportar, além de minar a motivação e produtividade até do colaborador mais engajado.
Hoje, líderes já entendem que o ambiente de trabalho precisa fornecer não só a satisfação profissional, mas também fazer com que a satisfação pessoal seja levada em conta. Ao perceber que suas demandas individuais têm relevância diante do líder, o engajamento com a empresa aumenta, assim como a satisfação de estar onde está.
Líderes com boa inteligência emocional conseguem perceber pelas atitudes dos membros da equipe quando algo não vai bem e, quando detectam o problema, não hesitam em prestar auxílio. Isso não significa ter uma atitude paternalista, mas sim compreender que problemas existem e ver nessa situação uma oportunidade de estreitar os laços com os liderados, promovendo uma relação mais amigável e baseada na confiança.
A inteligência emocional do líder: 5 dicas de como desenvolvê-la
Se você quer desenvolver a inteligência emocional na sua equipe, é preciso desenvolvê-la em você. Trouxemos algumas dicas que podem ajudar você a aprimorar essa habilidade.
1. Aprenda a tomar um ar
Quando tudo parece desmoronar, ele se afasta e respira. Talvez, até saia um pouco do escritório, tome um café na padaria mais próxima. Ao se deparar com situações de pressão e stress extremos, grandes líderes entendem que é nesse momento que decisões equivocadas costumam ser tomadas.
Na próxima vez que os ânimos se exaltarem, afaste-se do problema, mesmo que por apenas uns poucos minutos. Só assim é possível pensar com clareza e objetividade nos próximos passos.
2. Conheça e controle suas emoções
Você consegue saber exatamente o que sente? Ou às vezes se pega transformando frustração em raiva? Se isso acontece com você, não há motivos para se preocupar. O autocontrole é uma habilidade que pode ser exercitada e desenvolvida. Mas é essencial que você o tenha se quer exigir inteligência emocional da sua equipe!
Se você acha que precisa melhorar um pouco nesse aspecto, recomendamos a leitura do artigo Como adquirir autocontrole, publicado aqui no Portal Dale Carnegie.
3. Saiba se desculpar
Em seu célebre livro “Como fazer amigos e influenciar pessoas”, Dale Carnegie sugere: “Peça desculpas por seus erros. Essa atitude ajudará a desarmar seus adversários”. Assim como todo qualquer ser humano, um líder é passível de falhas. Mas, o que os difere de verdade é a facilidade de reconhecer seus erros e desculpar-se sinceramente por isso.
Além de ser um grande indicativo de inteligência emocional, essa atitude estreita os laços com a equipe, que tende a ser mais solícita e empática na hora de procurar uma solução para o problema.
4. Não deixe que as situações durem mais que o necessário
Inteligência emocional também é saber com quanto da sua energia cada problema deve receber. Ainda em “Como fazer amigos e influenciar pessoas”, Dale Carnegie cita: “Controle seus impulsos. Lembre-se: você pode medir a grandeza de uma pessoa por aquilo que a deixa irritada.”
Problemas existem para serem resolvidos e, consequentemente, superados. Situações que se prolongam mais que o necessário cansam e desmotivam a equipe, além de fazer com que no próximo episódio de stress o engajamento na resolução caia drasticamente.
5. Faça da empatia um pilar da gestão
Colocar-se no lugar do outro, além de um forte indicativo de inteligência emocional, pode ser uma vantagem estratégica. Ao tentar se aproximar e “calçar os sapatos” do outro, o líder consegue entender melhor o que está acontecendo, estreita a comunicação e, assim, pode buscar soluções. A empatia é uma das grandes diferenças que existem entre líderes e chefes.
Ao desenvolver sua inteligência emocional, automaticamente, a equipe passa a desenvolvê-la. Como? Pelo exemplo! Ao perceber essas atitudes vindas do líder, a equipe tende a se engajar mais ao ter mais confiança de que os problemas terão solução e que podem recorrer a ele quando precisarem.
Como treinar a inteligência emocional na sua equipe
Embora liderar pelo exemplo seja uma das mais eficientes estratégias para extrair o que se deseja de uma equipe, existem outras atitudes que o gestor pode tomar para acelerar o processo de desenvolvimento da inteligência emocional no time:
Valorize o feedback
Conversas claras, francas, onde as expectativas são enunciadas sem pudores, são uma poderosa ferramenta de gestão. Muitos gestores ainda têm receio de dar feedback e têm deixado passar a oportunidade de desenvolver a inteligência emocional dos colaboradores e criar uma relação muito mais amistosa entre líder e liderado.
Tire sua equipe da zona de conforto
Incentive a formação de grupos multidisciplinares, auxilie os liderados na execução de novas tarefas e delegue novas responsabilidades. Isso ajuda os colaboradores a se conhecerem melhor, desenvolvendo a empatia entre os membros da equipe e e permitindo que eles explorem melhor noções como automotivação, autopercepção e autocontrole.
Percebeu como a maior parte do trabalho de desenvolvimento da inteligência emocional da equipe deve partir do líder? Toda mudança que se deseja ver na equipe tem que, primeiro, ser encontrada nele. E, se a inteligência emocional tem sido um entrave no seu time, é fundamental que haja mudança de postura por parte do líder.
Gostou do artigo? Você pode aprender muito mais sobre inteligência emocional com a equipe da Dale Carnegie. Entre em contato conosco e vamos juntos aperfeiçoar essa habilidade imprescindível em grandes líderes!
Obrigado a toda Equipe Dale Carnegie. Os conteúdos de vocês são muito bons. Parabéns!!!